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ZOOM | Casas de vila e casas em condomínios: tranquilidade, lifestyle e segurança

A gerente comercial Telma Gavenas fala sobre a história das casas de vila em São Paulo e a busca por moradias em ruas fechadas para escapar do ambiente de metrópole

 

Em uma das cidades mais cosmopolitas do Brasil, a busca por segurança, lifestyle e tranquilidade é um dos fatores que levam muitas pessoas a procurarem imóveis em casas de vila ou em condomínios fechados. A principal diferença entre esses tipos de moradia está na maneira como são projetados. No caso das vilas, a maior parte delas foi construída há muitos anos e sem um projeto específico. O surgimento desse tipo de construção se deu na década de 1920, quando São Paulo passava por um processo de intensa industrialização e houve grande demanda por habitações para os operários – exemplos disso são a Vila Maria Zélia (residencial) e a Vila dos Ingleses (atualmente, de uso comercial), hoje tombadas como patrimônio histórico.

A partir dos anos 1930, as vilas residenciais passaram a ser ocupadas por comerciantes e profissionais liberais. Nesse período, como a legislação permitia a construção desse tipo de habitação para melhor aproveitamento das quadras, pequenos investidores optavam por comprar terrenos e construir diversas casinhas geminadas (coladas umas às outras), criando um conjunto em formato de U ou T, ao invés de construir apenas três ou quatro casas grandes, isoladas. Inicialmente, as vilas foram pensadas visando à locação. Foi a partir da década de 1980, quando muitas delas passaram a instalar portões e restringir o acesso às ruas, que as casas passaram a ser mais procuradas como opções permanentes de moradia, para compradores que buscavam o sossego e a segurança de uma cidade pequena em meio à agitação urbana. As vilas eram uma espécie de fuga à verticalização da cidade.

Esse é basicamente o mesmo objetivo das casas em condomínios fechados. Como em algumas regiões não é permitido construir imóveis residenciais com muitos andares, opta-se por construções horizontais por conta do zoneamento da cidade. Os diferenciais dos condomínios de casas estão no fato de todas elas possuírem um projeto arquitetônico bem definido, normalmente com estilo uniforme, além da proposta de completa estrutura de lazer oferecida como uma das principais vantagens.

Os proprietários desse tipo de casa também devem respeitar às regras internas do condomínio, o que não acontece nas vilas – embora em muitas delas sejam realizados acordos entre os moradores, para serviços internos de manutenção. Outro ponto a considerar é que quase não há vilas novas na cidade, devido às restrições legais para o fechamento de ruas; o que não acontece com os condomínios, que são incorporados como terrenos únicos e posteriormente divididos em várias propriedades.

 

Casas de vila e ruas fechadas em São Paulo

De acordo com a Secretaria Municipal das Subprefeituras de São Paulo, existem 539 vilas fechadas na cidade. Somando também as abertas, esse número chega a 850 vilas. A maior parte está no centro expandido, incluindo bairros como Vila Madalena, Pinheiros, Vila Mariana, Perdizes e Mooca. Considerando os bairros onde a Esquema Imóveis atua, são aproximadamente:

 

Conheça algumas casas de vila disponíveis na Esquema Imóveis, no Jardim América, Jardim Paulistano, Moema, Pinheiros, e Vila Nova Conceição.

 

A procura por casas em vilas ou em ruas fechadas em São Paulo é muito grande, principalmente no segmento de alto padrão e na região dos Jardins. Há uma certa dificuldade em trabalhar esse tipo de imóvel, justamente porque em geral as casas à venda são absorvidas pelos próprios moradores, que indicam familiares ou conhecidos, antes que elas cheguem ao mercado. Pesquisas apontam que uma casa de vila tende a ser 20% mais cara do que outra na mesma região, com as mesmas dimensões e em semelhante estado de conservação.

Não há muitas opções de vilas de alto padrão na capital paulista; por isso, aquelas que existem custam caro, mesmo quando não possuem grandes metragens. A escassez e a exclusividade são fatores que favorecem a valorização. O mercado imobiliário conta com uma quantidade limitada de propriedades, com uma média de tempo de construção de 50 anos, ou seja, casas antigas e que muitas vezes necessitam de modernização. Apesar disso, a ideia de morar em uma rua reservada, na qual o fluxo de pessoas e de veículos é restrito, em um ambiente de cidade do interior, é um grande atrativo em uma metrópole como São Paulo.

Outras vantagens das casas de vila são suas características construtivas. A maioria delas possui quintais, boa iluminação e ventilação naturais, além de pé-direito alto (cerca de 2,70 metros – sendo que a média na cidade fica em torno de 2,40 metros). Como muitas das vilas e ruas fechadas dos bairros paulistanos de alto padrão possuem portões ou guaritas, outro grande diferencial é a sensação de segurança – embora o acesso seja menos restrito do que em um condomínio com portaria, por exemplo.

Para quem deseja experimentar a vivência em uma casa de vila ou em um condomínio fechado, antes de optar pela compra, também é possível encontrar esse tipo de imóvel para alugar. Muitas pessoas saem de apartamentos e buscam as vilas ou ruas fechadas para sentir o que é morar em uma casa, já que se trata de um estilo de moradia muito diferente. O sentido de morar em uma metrópole se mantém, com acesso à infraestrutura de comércio e serviços, mas vivendo em um núcleo de cidade do interior, onde é possível criar vínculos com a vizinhança, mantendo uma sensação de segurança e privacidade. Por isso essas casas são tão procuradas: elas representam um estilo de vida.

 

Veja também opções de casas em condomínios fechados, no Morumbi, Cidade Jardim, Alto de Pinheiros, Jardim Europa e Jardim Guedala.

 

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